Páginas

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Santa Catarina e a Mata Atlântica

Joinville, no Norte do Estado, é o município catarinense que conserva a maior área remanescente da floresta, com 60,9 mil hectares

Mata Atlântica
SC nos extremos
Fábio Bianchini - DC

Santa Catarina é o estado brasileiro que tem a maior extensão de Mata Atlântica remanescente e também o que preservou o maior percentual dessa vegetação. Mas foi também o que, nos últimos anos, mais desmatou em área absoluta e é responsável por quase metade da perda nacional em áreas já analisadas, apesar de ser superado em números percentuais por dois outros estados.

O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica é divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica a partir de informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Desde 1989, eles mapeiam e monitoram os remanescentes florestais e ecossistemas associados da Mata Atlântica, com recursos e tecnologias da área da informação, sensoriamento remoto e geoprocessamento.

O atlas trabalha com dados relativos a oito estados compreendidos no sistema da mata: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo, entre 2000 e 2005. Ainda não foram concluídos, por causa do excesso de nuvens em muitas das imagens de satélite, os estudos sobre Bahia e Minas Gerais.

Santa Catarina perdeu, nesse período, 45,4 hectares de floresta, 1,6 mil hectares de restinga e nove hectares de mangue, num total de 47 mil hectares (2,02% da cobertura total de Mata Atlântica).

Florianópolis é superada por outros 43 municípios

Isso também equivale a 48,76% do desflorestamento total já verificado, que é de 96,4 mil hectares no total dos oito estados. Percentualmente, apenas Goiás e Mato Grosso do Sul, os dois estados do sistema que não têm litoral, perderam mais área de mata. No intervalo de cinco anos pesquisado, também foi Santa Catarina o único estado que perdeu território nas três classes de mapeamento: floresta (2,03%), restinga (1,95%) e mangue (0,07%).

Dentro do Estado, é Joinville quem conserva a maior área de mata remanescente: 60,9 mil hectares, o equivalente a 56,3% da área do município, seguida por Itaiópolis, Urubici, Anitápolis, Bom Retiro, Apiúna, Santa Terezinha, Paulo Lopes, Angelina, Garuva e Nova Trento (detalhes no mapa).

Florianópolis, conhecida nacionalmente por sua natureza, é superada por 43 outros municípios catarinenses em área de mata remanescente: possui 17 mil hectares, que correspondem a 40,75% do município. E é Botuverá, com seus 26 mil hectares, que possui o maior índice de ocupação por mata remanescente: 81,88% do município.

É preciso mais vigilância, diz biólogo

A extensão de Mata Atlântica em Santa Catarina, mais do que motivo para comemorar, é razão para aumentar a vigilância e não pode causar relaxamento sobre o assunto, alerta o biólogo João de Deus Medeiros. As áreas mais amplas também intensificam as dificuldades de fiscalização por parte dos órgãos ambientais.

No Nordeste, cita, as florestas já foram tão devastadas que não atraem mais. Até o ano passado, Medeiros era professor no Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Agora atua no Departamento de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, em Brasília.

Além disso, a divisão técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está sobrecarregada porque precisa dedicar-se também a demandas judiciais e administrativas, aponta o chefe-substituto da divisão multifuncional do órgão Santa Catarina, Gustavo Romeiro Mainardes Pinto. O resultado é a perda de qualidade, pois, após a união das divisões técnicas e de fiscalização, as autuações eram melhor embasadas.

- Quando a técnica e a fiscalização saem a campo juntos, já sai na hora o laudo técnico geo-referenciado, com imagem e toda a bagagem científica para a autuação - diz.

Ibama em SC aplicou R$ 8,1 milhões em multa

São 47 fiscais que atuam em Santa Catarina: quatro deles baseados em Chapecó (Oeste), três em Itajaí (Litoral Norte), dois em Rio do Sul (Alto Vale), um em Caçador (Meio-Oeste), um em Laguna (Litoral Sul) e os 36 demais em Florianópolis. Mas a principal ferramenta, desde o ano passado, é a sobreposição de imagens sucessivas a partir de acompanhamento por satélite, que permite aferir os dados sobre o desmatamento no Estado. O serviço, que era realizado em Brasília, passou a ser feito em Florianópolis no começo de 2008. Denúncias, sobrevôos com helicópteros e fiscalização terrestre complementam essas informações.

Em 2007, o Ibama realizou, no total, 450 autos em Santa Catarina, que totalizaram R$ 8,1 milhões. Em todo o Brasil foram 9.643 multas no valor de R$ 1,7 bilhão. O objetivo do órgão é agilizar a responsabilização sobre crime ambiental.

O sustento que vem da floresta

Anitápolis - SC

Logo que voltaram de São Paulo para sua propriedade em Anitápolis, Gabriel e Marilda Reig passaram a explorar à moda antiga sua propriedade. Derrubaram árvores para abrir espaço para pastagens e lavoura e aproveitaram as toras derrubadas para fazer carvão.

Não deu certo e quase precisaram ir embora de novo. Mas adotaram o turismo ecológico e hoje seguem prósperos a partir da preservação da mata nativa no local.

A pousada em que transformaram o sítio fica a oito quilômetros do Centro do município, que, por sua vez, está a 60 quilômetros de Florianópolis. É administrada da casa onde fica a cozinha e a mesa de refeições, de frente para o vale verde e cortado por rios. No morro à esquerda, é fácil distinguir as partes onde a mata derrubada foi substituída por pinus e onde continua a Mata Atlântica. E é essa a parte que mais interessa aos turistas.

Claro, não faltam outros atrativos, como a mão cozinheira premiada de Marilda, a proximidade com bichos de fazenda e a simplicidade confortável dos chalés. A pousada faz parte do programa Acolhida de Colono, que viabiliza a permanência de agricultores no meio rural por meio dos recursos do turismo, mas os visitantes fazem questão de percorrer as trilhas no meio da mata nativa, com bromélias e orquídeas, para conhecer as quedas dágua do rio que serpenteia por dentro da propriedade e, com alguma sorte, encontrar os tatus, macacos, pacas, cotias e outros.

Para garantir a continuidade de sua fonte de renda, ficam atentos à possibilidade de caça ali e na região. É muito raro, garante Gabriel, mas quando acontece eles chamam imediatamente a polícia. Dos hóspedes que receberam desde a inauguração da pousada, em 2001, nunca nenhum mostrou interesse no esporte. Em vez disso, preferem que sua presença seja lembrada de outra forma, com os recados que deixam no caderno de Gabriel e Marilda. Os dois mostram satisfeitos as mensagens escritas em letras desenhadas, de turistas franceses e japoneses que passaram por lá.

A maior parte dos turistas é procedente de Florianópolis. Mas também há muitos de todo o Brasil e do exterior, que descobrem a pousada pela internet. Em comum, a busca pelo contato com a natureza.

Também é da Mata Atlântica que vem o negócio de José Luiz Lima, que opera passeios de barco há 20 anos. Em Santa Catarina, um dos pontos preferidos de seus clientes é a Ilha do Arvoredo, um dos pontos mais ao leste com presença da Mata Atlântica.

- As pessoas estão cada vez mais afastadas da experiência - constata.


Marilda Reig mantém pousada visitada por turistas que procuram contato com a natureza

Fique por dentro

Mata Atlântica:
*Dia Nacional: 27 de Maio
*Cobertura original: 1,3 milhão de quilômetros quadrados (15% do território brasileiro)
*Cobertura atual: 7% da área original (1% do território brasileiro)
*Estados onde está: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Perfil
Bioma com a maior diversidade de espécies de árvores do mundo: mais de 450 espécies de árvores por hectare no sul da Bahia
Considerada uma das cinco áreas mais biodiversas e ameaçadas do planeta
Espécies de animais ameaçadas de extinção: 383 (de um total de 633 no Brasil)
Flora: 20 mil espécies vegetais
Fauna: 1020 espécies de aves
350 espécies de peixes
340 espécies de anfíbios
261 espécies de mamíferos
197 espécies de répteis

Populações tradicionais
Cerca de 70 povos indígenas em inúmeras aldeias
Mais de 370 comunidades quilombolas

Unidades de conservação
Cerca de 1,4 mil federais e estaduais (parques, reservas, RPPN, estação ecológica)


domingo, 25 de maio de 2008

Virada de mesa ambiental


É impressionante a capacidade de algumas pessoas e setores em caminharem totalmente ao contrário da história, irem de encontro ao indesejado, ignorarem o bom senso.
Pior ainda é quando essa estupidez é oriunda de políticos que, em tese, deveriam estar lutando pelo bem coletivo, pela vida.
E não é que parlamentares catarinenses tentam uma virada de mesa e querem aprovar modificações no atual Legislação Ambiental?

Como quem saindo das mais profundas catacumbas, com um discurso demagógico e cheio de más intenções, de maneira predadora e oportunista, um grupelho quer aproveitar a saída da Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente.

A Frente Parlamentar Ambientalista deve combater com veemência esse movimento retrógrado e nada inteligente.

Vejam só a matéria publicada no Diário Catarinense no domingo passado que coloco entre aspas o péssimo título:

"Pelo direito de crescer"

ROBSON BONIN Brasília
Catarinenses querem flexibilização no Código Florestal

Com a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, Santa Catarina inicia uma ofensiva para tentar neutralizar medidas adotadas pela ministra. Mobilizados na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, parlamentares catarinenses tentam aprovar modificações no atual Código Florestal.

O objetivo é usar o momento de desarticulação da pasta para dissolver polêmicas com reservas ecológicas e diminuir o rigor da legislação sobre pequenos produtores rurais. No caminho dessas reformulações, no entanto, entidades ambientalistas precisam ser convencidas de que as propostas são realmente boas para o Estado.

Concebida pelos deputados Valdir Colatto e Celso Maldaner, ambos do PMDB, a estratégia está resumida em dois projetos de lei em discussão na Câmara.

Os parlamentares sugerem a inclusão das zonas de proteção permanente, como margens de rios e encostas de morros, na cota de reserva legal. Eles também tentam garantir o cultivo já existente em regiões acima de 1,8 mil metros de altitude, limitando as restrições a novas atividades. Essa medida amenizaria uma das grandes brigas entre o governo catarinense e a ex-ministra.

O dispositivo proposto por Marina reduz os limites dos campos de altitude de 1,8 mil metros para 850 metros. A alteração proibiria toda e qualquer atividade econômica presente em 50% do território catarinense, penalizando 18.304 famílias.

Coordenadora de Políticas Públicas da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Vale do Itajaí, Miriam Prochnow é contra as propostas apresentadas pelos deputados. Para ela, o Código Florestal já é bastante permissivo

Na mesma linha de pensamento, o diretor da ONG SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, condena o movimento dos parlamentares em dar maior poder de decisão a estados e municípios. Na visão dele, é um contra-senso entregar as decisões ambientais a governos despreparados, sem fiscais nem estrutura para sustentar políticas preservacionistas.

- A lei já é bem completa e adequada à agricultura, o que falta é colocá-la em prática - avalia.



Dispositivo proposto pela ex-ministra Marina Silva proibiria toda e qualquer atividade econômica em 50% do Estado


Carlos Minc é promessa de caminho aberto

Encravado entre montanhas e ladeado por 450 quilômetros de Litoral, Santa Catarina tem 9,5 mil quilômetros quadrados de território fértil para conflitos ambientais.

Levantamento da Epagri mostra que as áreas ocupadas por unidades de conservação federal e estadual, reservas indígenas e quilombolas, além de regiões de preservação permanente (encostas e morros) e reserva legal totalizam 3 mil quilômetros quadrados, 31% do Estado. Agricultura e pecuária ocupam 40% do território, enquanto as zonas urbanas respondem por 10,5%.

O deputado federal Valdir Colatto vê com otimismo a escolha de Carlos Minc para substituir Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente. Minc deverá atuar em sintonia com o Planalto, que exige maior rapidez na concessão de licenças ambientais.

- A nossa esperança é que ele seja menos intransigente com as demandas catarinenses - diz Colatto.

Para o governo do Estado, a troca de comando pode reabrir o diálogo com a pasta. Polêmicas como a criação da Reserva de Fauna da Baía da Babitonga, no Norte, e a Reserva Extrativista, no Sul, devem ser motivo de futuras conversas com o novo ministro.

- Com a Marina a gente já não discutia, simplesmente levava as demandas para o ministro da Justiça, Tarso Genro, resolver - diz um interlocutor de Luiz Henrique.

Há duas semanas, a criação de reservas federais no Estado motivou reclamação de Luiz Henrique para a ministra Dilma Rousseff. O governador se queixou de ser surpreendido. Segundo ele, pescadores e agricultores estariam fazendo pressão para que o governo interviesse nos processos de criação de novas reservas federais no Estado. Dilma se comprometeu a consultar o governo estadual antes de futuras decisões ambientais.

Embates são travados todas as semanasTravados durante as sessões da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, todas as quartas-feiras, os embates entre ambientalistas e desenvolvimentistas são responsáveis pelo lento processo de atualização das leis ambientais. A própria atualização do Código Florestal, instituído em 1965, está em discussão há três anos.

A briga é tão acirrada que o relator da proposta, Jorge Khoury (DEM-BA), já se encaminha para editar o quinto relatório sobre o projeto. O primeiro foi concluído em novembro de 2006, mas por conta das novas brigas teve de ser reformulado.

- Falta responsabilidade política. Esses conflitos são tão desconcertantes, que nesse próximo relatório vou incluir apenas as questões consensuais, para ver se avançamos - justifica Khoury.

Ex-secretário-executivo do Ministério de Meio Ambiente, Cláudio Langoni participou de alguns embates. Para ele, o atraso das leis ambientais brasileiras está ligado à "falta de equilíbrio" da discussão.

A saída seria elaborar acordos para aprovar intervenções cirúrgicas na lei. O problema, aponta Langoni, é a falta de diálogo para criar condições políticas. Ao avaliar a situação catarinense, Langone faz uma análise crítica da relação do ministério com o governo estadual.

Único Estado da região Sul a não ter um código estadual de meio ambiente - a proposta está em análise na Assembléia Legislativa - , Santa Catarina, segundo Cláudio Langoni, não soube negociar com o ministério, forçando a ministra a implementar as medidas à revelia dos interesses locais.

- Eles (o governo) sempre foram intolerantes, o que acabou forçando o ministério a também optar pela intransigência - admite Langoni.

SAIBA MAIS:

Campos de altitude:
*Os catarinenses costuram no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a rejeição da proposta que reduz de 1,8 mil metros para 850 metros o limite das áreas cultiváveis no Estado. Em caso de derrota, o plano B é aprovar uma legislação que classifique os campos de altitude em níveis, com restrições ajustáveis a cada nível.

*Entre 850 e 1,3 mil metros, as áreas seriam objeto de uso econômico com base na legislação vigente. De 1,3 mil a 1,6 mil metros e altitude, as terras poderiam ser utilizadas apenas para pecuária. Acima de 1,6 mil metros de altitude, o território seria destinado somente à conservação da natureza.

*Em caso de fracasso das duas alternativas, o Estado terá 50% do território inviabilizado por restrições à atividade econômica, o que vai significar o fim de atividades produtivas, como agricultura, silvicultura, fruticultura e pecuária nos municípios da Serra e parte do Oeste catarinense. Um total de 3.853 trabalhadores rurais serão afetados e 558,2 mil bovinos estarão em área ilegal. Para evitar esse caminho, parlamentares tentam garantir, por meio de projeto de lei, em Brasília, a autorização para continuidade das atividades já existentes nas regiões afetadas.
Pequenos produtores:
*Os parlamentares esperam aprovar alteração no Código Florestal brasileiro que obriga os produtores a preservar no mínimo 20% da vegetação da propriedade. Eles argumentam que o grande número de rios e morros (já protegidos pelo dispositivo das áreas de preservação permanente) presentes nas propriedades acabam por inviabilizar a agricultura e pecuária. A saída, propõem, é permitir ao pequeno produtor a inclusão de encostas e morros na cota dos 20% de área preservada.

Reservas ambientais:
*O Palácio do Planalto tem um compromisso com o governo catarinense de não implementar nenhuma reserva no Estado sem que antes o governador Luiz Henrique da Silveira seja avisado. A medida foi adotada depois das polêmicas geradas pela criação das reservas de fauna e extrativista no litoral catarinense.

Fonte: DC

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Política ambiental não muda?

Será que é querer demais esperar que o Governo Lula atue com dignidade e respeito em relação ao meio ambiente?

Ou será que isso é causa perdida na gestão do PT?Afinal, algumas notícias aqui e acolá são demasiadamente preocupantes:

* 10% dos mais ricos do país possuem 75% da PIB do Brasil.
* A rentabilidade dos bancos brasileiros no governo Lula, entre 2003 e 2008, ficou bem acima da média verificada nos oito anos do governo FHC...
* Uma reportagem publicada neste domingo no jornal The New York Times afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazónia não é património exclusivo de nenhum país está a causando preocupação no Brasil.
Como diria a música de Caetano Veloso e do (Ministro) Gilberto Gil: alguma coisa está fora da ordem...

Amazônia Para Sempre chega a 1 milhão de assinaturas

1. Christiane Torloni e Ignácio Coqueiro; 2. O casal brinda ao lado do professor Álvaro, da "Dança dos Famosos", e Liége Monteiro


Christiane Torloni festeja sucesso de projeto
Atriz comemora um milhão de assinaturas de “Amazônia para sempre”

Andrea Giusti

Christiane Torloni brinda suas conquistas. Na noite deste domingo (18), a atriz se apresentou no palco do “Domingão do Faustão” para comemorar a vitória no quadro “Dança dos Famosos” e as 1000 edições do programa. Em seguida, foi direto para o restaurante Nativo, na Barra da Tijuca.

Ela recebeu amigos para festejar a marca de um milhão de assinaturas do projeto “Amazônia para sempre”, que visa alertar o Presidente da República sobre a devastação da Amazônia. Christiane brindou as novas conquistas e posou para os fotógrafos ao lado do marido, Ignácio Coqueiro, e da amiga Liége Monteiro.

Para conhecer o movimento Amazônia Para Sempre
Clique aqui!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O dia em que Lula rifou Marina Silva



Deu em O Globo
O dia em que Lula rifou Marina Silva

De Míriam Leitão:

A Amazônia entrou agora no período do abate das árvores. De maio a julho, é o auge do desmatamento. Depois virá o tempo do fogo; de agosto a outubro. Época perigosa para a mudança de ministro do Meio Ambiente. O presidente Lula procura em Carlos Minc a rapidez das licenças ambientais. Minc precisa ter na equipe quem entenda de Amazônia. Há números ruins rondando. Uma palavra selou a saída da ex-ministra.

A ministra Marina Silva engoliu a seco. Nem quem estava do seu lado percebeu que, naquele exato momento, ela decidiu sair do governo. Foi na reunião no Palácio do Planalto, na quinta-feira, dia 8. Discutia-se um conjunto de medidas chamado Arco Verde e o Plano Amazônia Sustentável. Marina enfrentou críticas na reunião, mas uma frase do presidente foi definitiva:

— Então o importante é que tenha alguém isento para tocar esse plano. A Marina não é isenta; o Stephanes não é isento. Por isso, será o Mangabeira Unger.

A reunião foi toda estranha. Mangabeira entrou em silêncio e nada falou. Já sabia que ganhara a briga. Reinhold Stephanes, da Agricultura, ficou em silêncio. Geddel Vieira Lima, da Integração, chegou atrasado. Marina apresentou o “Arco Verde”, um plano para completar o trabalho da Arco de Fogo. Nela tinha desde proposta de ajuda aos desempregados a incentivos à atividade econômica. Os governadores reclamaram. Ana Julia Carepa, do Pará, disse que era pouco. O governador Blairo Maggi viu Marina sozinha e atacou:

— Marina é uma locomotiva: deixa terra arrasada onde passa!

Seria melhor que Blairo dissesse isso dele mesmo. Os dados sobre Mato Grosso são assustadores. Só no último semestre do ano passado, foram detectados 23 mil km² de incêndio no estado.

Reuniões tensas sobre meio ambiente são corriqueiras, mas o que pesou naquela foi o fato de que o presidente disse, na frente de todos, que achava que sua ministra do Meio Ambiente não era isenta para comandar um plano na Amazônia. Ela ouviu, então, de um amigo próximo:

— Você não está acumulando mais capital, está só perdendo.

* Miriam Leitão é jornalista e proprietária junto com Sérgio Abranches da RPPN Brejo Novo, em Santos Dumont, MG.


Ano passado estivemos no Viva a Mata, evento realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Esse anos, a quarta edição será entre os dias 30 de maio e 1º de junho e a RPPN Rio das Lontras estará participando no estande das Reservas Particulares (Conheça a programação completa no Pitacos da Lontra).

O estande das Reservas vai contar com as seguintes RPPNs:


RPPN Alto da Boa Vista - Descoberto, MG
RPPN Guarirú -
Varzedo, BA
RPPN Lemke - Nova Venécia, ES
RPPN Linda Laís - Santa Teresa, ES
RPPN Ribeirão Grande - Juquitiba, SP
RPPN Rio das Lontras - Águas Mornas, SC
RPPN Tatu do Bem - Riozinho, RS
RPPN Vale das Pedras -
Alfredo Wagner, SC

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O amor é lindo!


Casal de chimpanzés do zoológico do Rio fez as pazes esta semana, depois de uma briga de um ano (Foto: Esther Nazareth / Divulgação)


Casal de chimpanzés reata 'namoro' após briga por iogurte
Eles estavam brigados há um ano.
Inexperiente, o macho não consegue agradar a fêmea, diz especialista.

Do G1, no Rio
Esther Nazareth / Divulgação

Rina e Paulinho, casal de chimpanzés do zoológico do Rio, fizeram as pazes esta semana, depois de uma briga de um ano. Os animais tiveram de ser mantidos em ambientes separados por todo esse tempo, depois que Paulinho tentou roubar o iogurte da parceira, desencadeando reações enérgicas, com direito a mordidas e arranhões.

Pelos relatos dos funcionários do Zôo, no entanto, a disputa pelo quitute foi, na verdade, somente a gota d’água para a separação, já que os dois mantinham um relacionamento conflituoso há um tempo.

De acordo com o zootecnista Marcus Delgado, responsável pela alimentação dos primatas, eles tinham pequenos desentendimentos quase diariamente, mas um deles sempre acabava cedendo. Na ocasião do iogurte, contudo, ninguém correu da briga.

Para o zootecnista, o problema está ligado ao fato de Paulinho não conseguir assumir a postura de macho dominante.

“Na natureza, os chimpanzés vivem em grupos, nos quais sempre há um macho dominante, que cruza com todas as fêmeas, sem graves desentendimentos. Os machos menores observam o comportamento do dominante e, depois de crescidos, assumem a posição”, explica.

“Paulinho, contudo, chegou ao Zôo com apenas seis meses e nunca viu um casal acasalar. Por isso, ele não consegue agir da maneira certa quando a fêmea entra no cio e acaba irritando a parceira. Rina já é a terceira chimpanzé com a qual tentamos fazê-lo cruzar. As outras duas também tiveram de ser separadas dele”, completa Marcus.

"Estamos torcendo para ele pegar o jeito desta vez", brinca o zootecnista, que não deixa de comparar os primatas a certos descendentes 'racionais'.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ecoogler: A nova ferramente de busca



Uma nova ferramenta de busca na internet promete ajudar na preservação da Amazônia!

É o Ecoogler, que utiliza a mesma tecnologia do Google e ainda a cada pesquisa você contribuirá simbolicamente com uma folha. A cada 1 milhão de folhas serão doadas sementes que se tornarão, árvores, ferramentas, roupa do trabalho a diferentes associações ecologicas realizadas pela ONG Aquaverde.

1 pesquisa= 1.000.000 pesquisas=



Veja a apresentação deste buscador.

Ecoogler nasceu ante o grave problema que se avizinha: o desmatamento. Por essa razão, nós criamos este buscador, e sempre que você faz uma busca, estará doando 1 folha para repovoar as florestas. Doar uma folha é simbólico, porque a cada 1.000.000 de folhas serão doadas sementes que se tornarão, árvores, ferramentas, roupa do trabalho a diferentes associações ecologicas, de modo que a Amazônia e as florestas sejam amplamente repovoadas. Ecoogler usa a tecnologia de busca do Google.
Vale conferir!

Visite o Ecoogler Clique aqui

Conheça a ONG AquaVerde Clique aqui