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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

AS PRIMEIRAS RPPNs ESTADUAIS DO RIO DE JANEIRO


Ney Matogrosso vai receber primeiro certificação de RPPN do estado por suas terras em Saquarema (Foto: Divulgação/TV Globo)


Ney Matogrosso ganha título de defensor da mata por área em Saquarema

Terras do cantor preservam 53 hectares de Mata Atlântica.
Estado vai certificar outras 15 propriedades em oito cidades.


Alba Valéria Mendonça
Do G1, no Rio


Conhecido pela voz marcante e a dança sensual que exibe nos palcos, o cantor Ney Matogrosso, a partir desta sexta-feira (14) passa a brilhar também como defensor da Mata Atlântica. Ele será um dos primeiros a receber a certificação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do estado, por sua propriedade particular no município de Saquarema, na Região dos Lagos.

A certificação, segundo André Ilha, presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF), confere às propriedades caráter de unidade de preservação ambiental. Além do mais, serve de exemplo para outros proprietários que eles também podem contribuir de forma direta para a conservação da natureza.

Em solenidade no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul, nesta sexta-feira (14), Ney Matogrosso vai receber das mãos do governador Sérgio Cabral, da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e do presidente do IEF um certificado e uma placa comemorativa.

Além de Matogrosso, o compositor Ronaldo Bastos também está entre os primeiros 16 proprietários a receber a certificação. A RPPN Soledade, do compositor, tem 6,33 hectares e fica no município de Nova Friburgo, na Região Serrana.

Isenção de imposto

As RPPNs permitem isenção de Imposto Territorial Rural (ITR) e acesso a fundos de apoio à implantação e gestão e de instituições de conservação e pesquisa. Essas propriedades podem se transformar em espaços de educação ambiental e ecoturismo.

Segundo o IEF, a cidade com mais RPPNs certificadas foi Silva Jardim, na Região das Baixadas Litorâneas, com oito reservas. Ao todo, essas primeiras 16 RPPNs vão proteger 697, 43 hectares de Mata Atlântica em oito municípios. São eles: Silva Jardim (Baixadas Litorâneas), Piraí, Resende e Rio Claro (Sul Fluminense), Saquarema (Região dos Lagos), Magé e Seropédica (Baixada Fluminense) e Nova Friburgo (Região Serrana).

Fonte: G1

domingo, 9 de novembro de 2008

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atendendo gentil convite da Escola de Educação Básica Nossa Senhora em Angelina, a RPPN Rio das Lontras esteve presente participando da sala Mundo Animal na Iª Mostra Pedagógica, um evento que mobilizou todos os professores, direção, os cerca de 500 alunos da escola, pais e moradores do município, assim como outras escolas da região.

A sempre gostosa oportunidade de trocar experiências e divulgar a importância das atitudes em prol do meio ambiente.


Apresentamos os banners com fotos dos animais clicados através de armadilhas fotográficas e dos blogs da RPPN Rio das Lontras.

Os alunos contaram belos casos de avistamento de animais silvestres.


O interesse e preocupação das crianças com a causa ambiental é uma esperança nas futuras gerações.


O mapa da Fundação SOS Mata Atlântica foi usado para mostrar a área do bioma e os cerca de 7% dos remanescentes florestais.


Comparativamente Santa Catarina possui ainda um razoável percentual de remanescentes da Mata Atlântica, mas é também o estado que mais desmata.


Iniciativas como da escola Nossa Senhora são importantes ações educacionais para uma conscientização cada vez maior da necessidade de preservarmos a floresta campeã de biodiversidade no planeta.


Leia AQUI a postagem "Santa Catarina e a Mata Atlântica".

*Fotos:
Fernanda de Souza Pimentel Teixeira

IPÊ-AMARELO

Da janela de nosso quarto temos a vista um lindo ipê-amarelo que floresceu.


Depois de semanas e semanas de muita chuva finalmente um dia de sol. Oportunidade de clicar a bela imagem que fica a cerca de 50 metros de nossa casa.

No chão um tapete amarelo formou-se em meio ao gramado.


O Ipê-amarelo é a árvore símbolo do Brasil. Nessa mesma paisagem vemos ao fundo belos exemplares de araucárias.

Veja AQUI a postagem "Ipê-amarelo sobrevive!"

* Fotos: Fernando José Pimentel Teixeira

sábado, 8 de novembro de 2008

MODELO ECOLÓGICA

Talita Alink, é membro do grupo Green Models. Foto: Divulgação


Modelo ecológica põe sua imagem a serviço do meio ambiente
Talita Alink tem 17 anos e desde os 12 se preocupa com o planeta.

Dennis Barbosa
Do Globo Amazônia, em São Paulo


Ela tem apenas 17 anos, mas já tomou uma decisão: sua carreira será orientada a divulgar a necessidade de se proteger o meio ambiente. Por causa disso, a jovem modelo Talita Alink, natural de Petrópolis (RJ), se define como uma “eco-modelo”.


Ainda este mês, ela estará na Califórnia para participar de um evento com governadores americanos , representando o projeto Green Models, que nomeia embaixadoras para diversas bandeiras ambientalistas. Sua criação foi em janeiro de 2008 e hoje o grupo conta com Adriana Lima, Naomi Campbell, Raica Oliveira, Priscila Fantin e Natalia Anderle entre seus membros, segundo os organizadores.

Globo Amazônia: O que será a reunião de que você participará este mês na Califórnia?
Talita: Estarei em Beverly Hills para participar de um evento sobre o clima global idealizado por Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, que contará com a presença dos 50 governadores americanos, além de líderes de governo e corporações. No dia 18, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, fará uma palestra e se encontrará com Schwarzenegger para a assinatura de um acordo bilateral para a difusão da energia renovável.

Globo Amazônia: Você acompanha o desmatamento na Amazônia?
Talita: Sim, e me atualizo sempre que recebo algum alerta sobre o assunto. É incrível o efeito das ações inconseqüentes dos seres humanos. Nos EUA por exemplo, 95% das florestas ancestrais já desapareceram.

Globo Amazônia: O que define uma eco-modelo e a diferencia da modelo comum?
Talita: O que define um eco-humano é o desenvolvimento de sua consciência ambiental. Então podemos dizer que vale para qualquer segmento, como modelos, professores etc. Eu, por exemplo, sou uma pessoa comum, com uma vida comum, porém tenho hábitos diários que me diferenciam: como alimentos orgânicos, uso água de forma racional e adoro andar de bicicleta seja para onde for - para o mercado, padaria ou na orla da praia.

Globo Amazônia: Como virou uma eco-modelo?
Talita: Eu tinha 12 anos quando escolhi fazer um trabalho sobre o meio ambiente numa feira de ciências do colégio. O convite para ser modelo veio de um grande amigo, que hoje é meu agente, Pierre Thomé de Souza, que percebeu este meu lado ecológico. Ele me apresentou ao Mario Garnero, presidente da Associação das Nações Unidas-Brasil (Anubra), e do grupo Brasilinvest.

Como eles estavam criando o projeto Green Models, que tem a modelo Adriana Lima como primeira membro-fundadora, acabei sendo convidada para ser embaixadora da Anubra para o Meio Ambiente e Aquecimento Global.



Globo Amazônia: Seus pais não gostavam da idéia de você ser modelo. Agora eles já lidam bem com o fato? Utilizar seu trabalho para divulgar a conservação da natureza os ajuda a aceitar?
Talita: No começo foi bem difícil, pois venho de uma família evangélica. O fato de as modelos trabalharem com a imagem e corpo não é aceito pelo padrão de vida evangélico. Foi um processo que tivemos que explicar de forma clara, para que eles pudessem entender o que faríamos e os benefícios destas ações para o meio ambiente.

Globo Amazônia: Você usa roupas ecologicamente corretas?
Talita: Tenho algumas peças interessantes feitas por uma grande amiga e designer, Barbara Casassola. Pretendo criar uma marca especializada em moda sustentável, com coleções feitas com fibras ecológicas, tecidos orgânicos e materiais reciclados, sem utilizar recursos que afetam o meio ambiente.

Globo Amazônia: Aceitaria tirar fotos com um casaco de pele?
Talita: Definitivamente não. Por motivos pessoais e por saber que são provenientes de animais que muitas vezes são mal-tratados.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lista vermelha: animais em extinção


Brasil tem mais de 600 espécies de animais ameaçadas de extinção

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançou nesta terça-feira um livro com mais de 600 espécies de animais ameaçados de extinção.

A publicação foi baseada no último levantamento feito pela UICN (União Internacional para Conservação da Natureza), em 2003. A primeira lista de animais em extinção, feita em 1989, continha 218 espécies ameaçadas, enquanto no livro lançado hoje estão contabilizadas 627 espécies.

"Alguns grupos não tinham sido avaliados em 89, como o de peixes; além disso, foram adotados novos critérios, devido ao aumento do conhecimento científico e do entendimento dos fatores de ameaça", esclarece o biólogo Adriano Paglia, que é analista de biodiversidade da ONG Conservação Internacional e um dos autores do livro.

Minc afirmou que, da lista de 1989, foram retiradas 79 espécies, como o sagüi e o lobo-guará. Mas foram acrescentadas 479, como a baleia azul, o tubarão-baleia e a jararaca.

A publicação, chamada de Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, foi elaborada em parceria com a Fundação Biodiversitas.

"Temos que correr atrás do prejuízo criando novas unidades de conservação, defendendo o habitat dessas espécies, defendendo sua cadeia alimentar, fazendo mais pesquisa, em suma, combatendo a degradação desenfreada", afirmou o ministro.

Entre os biomas que têm o maior número de espécies ameaçadas estão em primeiro lugar a Mata Atlântica (60%), seguida do cerrado (20%) e da zona costeira e marítima. Para reverter esse quadro, o ministro afirmou que é necessário criar corredores de proteção, combatendo o tráfico e fazendo campanhas nas escolas.

Minc quer que cada unidade de conservação ambiental tenha um exemplar do livro vermelho e disse que vai conversar com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para que a publicação também seja distribuída nas escolas da rede pública.

O biólogo da Conservação Internacional explica que a ameaça de extinção deve-se, principalmente, à perda de habitat, provocada pelo desmatamento. "A fiscalização é fundamental, mas as pessoas não devem delegar a questão apenas ao poder público e às ONGs", comenta. Cobrar a criação e conservação de reservas ecológicas e denunciar o comércio de espécies nativas são formas de colaborar com a preservação desses animais.

Anêmona-do-mar, um dos animais marinhos em risco de extinção


Ararajuba (Guaruba guarouba)


A baleia azul é um dos animais que foi incluído na lista vermelha


Jararaca: outro animal que entrou na nova versão da lista


Jacu-de-barriga-castanha (Penelope ochrogaster)


Jacamim-de-costas-verdes


Guigó-de-coimbra-filho (Callicebus coimbrai)


A baleia-jubarte é uma das diversas espécies de baleia que correm perigo


Pintor-verdadeiro (Tangara cyanocephala cearensis)


Pica-pau-anão-da-caatinga (Picumnus limae)


Perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada (Phyllomedusa ayeaye)


A onça pintada (Panthera onça) continua ameaçada


Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)


Tartaruga-de-pente do Projeto Tamar, na BA: ainda em risco


Tamanduá-bandeira, animal que permanece na lista vermelha


Uma suçuarana da região da Chapada Diamantina


Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni)


O sagüi, um dos 79 bichos excluídos do livro vermelho


Da Redação do UOL. Lista de animais em extinção do site Ambiente Brasil. Foto/Minc site Agência Brasil.

PÁSSAROS NO JARDIM

Para atrair pássaros

Por Thaís Lauton Repórter de imagem Elisa Soveral, Fotos Marcello Palhais
Galeria de fotos: Jardim para os pássaros

Convide a ave certa

O Brasil coleciona uma fauna diversificada, em especial de aves. E não é só nas florestas que é possível se encantar com a beleza das espécies. Escolhendo as plantas corretas, você vai atraí-las para o seu jardim. Confira alguns dos pássaros mais comuns nas cinco regiões do país:


Bem-te-vi

NORTE:

Anu-preto (Crotophaga ani): é insetívoro e frutívoro. Não recusa açaí e pupunha.
Beija-flor-tesoura-verde (Thalurania furcata): alimenta-se de insetos e do néctar de flores.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus): consome insetos, peixes e frutos - açaí, pupunha, buriti, goiaba, mamão, caju e acerola.
Curica (Amazona amazonica): alimenta-se de frutas, entre elas açaí, goiaba, mamão e acerola.
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva): consome frutos do açaizeiro, da pupunheira, da goiabeira e do cajueiro.
Pipira-preta (Tachyphomus rufus): é insetívora e frutívora.
Fonte: Cristina Michele Denny, bióloga



Canário-da-terra

NORDESTE:

Azulão (Passerina brissonii): adora frutas como a goiaba, o mamão e o caju.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus): alimenta-se dos frutos do jenipapeiro e da figueira.
Canário-da-terra (Sicalis flaveola): vai de açaí, pupunha, graviola, sapoti e buriti.
Curió (Oryzoborus angolensis): o mamão e o caju são suas preferências.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): é insetívoro e frutívoro. Alimenta-se de caju, mamão, buriti e figo.
Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca): alimenta-se de sementes e frutas.
Pintassilgo (Carduelis yarrellii): Frugívoro, ronda o jambolão, o umbuzeiro e o urucum.
Fonte: Roberto Manoel da Silva, analista ambiental


Gralha

CENTRO-OESTE:

Beija-flor (Eupetomena macroura): o cardápio vasto inclui suinã, pata-de-vaca, esponjinha, malvavisco, hibisco, eucalipto, laranjeira e ipê-amarelo.
Gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus): adora os frutos da copaíba e do pequizeiro.
Pombo-doméstico (Columba livia): é granívoro e frugívoro e consome os frutos do chumbinho.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): é insetívoro e frutívoro. O figo é predileção.
Sanhaço (Thaupis sayaca): é frutívoro e ama abacate.
Fonte: Jacqueline Moraes Farias, bióloga


Beija-flor-furta-cor

SUDESTE:

Beija-flor-furta-cor (Amazilia versicolor): visita flores de bela-emília, camarão-amarelo, pata-de-vaca e sete-léguas.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) e sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): sementes de magnólia-amarela e frutos da pitangueira e de uvaia.
Cambaxirra (Troglodytes musculus): frutas em geral.
Periquito-rico (Brotogeris tirica): consome frutos de palmeiras, como o jerivá.
Teque-teque ou reloginho (Todirostrun poliocephalun): pousa em frutíferas.
Fontes: Eduardo Maciel, biólogo, e Maria Eugênia Summa, veterinária


Sabiá

SUL:

Beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura): visita flores de bico-de-papagaio, malvavisco e caliandras para obter néctar.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): consome frutos do jambolão, da figueira, da pitangueira e da amoreira.
Sanhaçu-cinzento (Thraupis sayaca): frutos da crindiúva e de palmeiras exóticas.
Sanhaçu-papa-laranja (Thraupis bonariensis): folhas de mamoeiro e frutos da nespereira.
Fonte: Glayson Ariel Bencke, biólogo e ornitólogo

Fonte: Casa e Jardim