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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Enchente em Santa Catarina

Desenho de Joseph Brüggman mostra o núcleo central da colônia de Blumenau em 1864.

Enchentes fazem parte da história de Santa Catarina, o que não deveria estar nesse contexto é o descaso do ser humano com o meio ambiente.
Em 2008 tivemos enchentes e desmoronamentos em janeiro e agora em dezembro. A estrada de acesso da RPPN Rio das Lontras está intransitável e os estragos estão por todos os lados.
A pergunta é "quando vai ser a próxima"?


História

A enchente

Carta de Hermann Blumenau, o fundador da colônia no Vale do Itajaí, descreve cheia em novembro de 1855

Em uma carta a um conselheiro do império, datada de 30 de abril de 1856, Hermann Blumenau, o fundador da cidade hoje novamente devastada pelo força das águas, fala de uma grande enchente ocorrida em novembro de 1855 no Rio Itajaí-açu (com o nível do rio subindo 15 metros em um dia e meio). A descrição da destruição e dos prejuízos causados pela cheia ocorrida em meados do século 19 guarda muitas semelhanças com a tragédia ora em curso na região. O relato, publicado entre as páginas 157 e 160 do livro Imigrantes 1748 - 1900: Viagens que descobriram Santa Catarina, de Mariléa e Raimundo Caruso, publicado pela Editora da Unisul em 2007, impressiona:

"(...) Mas não me foi dado, depois da minha partida da Corte, um momento de descanso e ócio tranqüilo. Desde a minha volta da Alemanha em 1850, parece que a constelação dos astros na hora do meu nascimento ou do meu desembarque nestas praias não foi benigna. O meu destino ou malicioso gênio me persegue incessantemente, malgrado qualquer sucesso e amargurando-me a qualquer hora de tranqüilidade e de gozo.

No ano passado, reinava nestas paragens um tempo tão ruim, que apenas se tem lembrança de outro ano tão desventuroso, desde que vieram para cá os homens brancos. A colheita do feijão em maio e das batatas inglesas em junho perderam-se inteiramente, ficando apenas a semente para a próxima plantação. Cheguei em julho no Desterro e em vez de uma viagem de seis dias, em tempos regulares, gastei um mês inteiro para chegar a esta colônia, sempre retido em caminho por chuvas e águas de monte. Este mau tempo continuou até meados de dezembro, havendo uma vez onze dias consecutivos, que não apareceu nem um só raio de sol. Ao lavrador apenas permitiu plantar a semente ao solo. O prejuízo foi grande, tanto aos colonos como á minha pessoa, que me obrigou a coadjuvá-los com adiantamentos muito maiores do que podia calcular. mas ainda tive que conservar o ânimo e a coragem perante os colonos, que às vezes queriam se desesperar e muito me acabrunhavam com as suas lamentações. Neste estado de coisas houve uma interrupção muito desagradável, em princípio de novembro, quando o engenho de serrar de um antigo colono e amigo, localizado de 6 a 8 léguas daqui no Itajahy-mirim, foi atacado pelos bugres, que mataram dois trabalhadores e saquearam inteiramente o estoque e dependências, escapando somente meu amigo pela sua extraordinária coragem e força, mas com duas flechas no corpo, que por sorte não o haviam ferido mortalmente, e o retiveram na cama durante bastante tempo.

Tendo visitado este meu amigo e querendo voltar para cá, na véspera do dia fixado da minha partida, 17 de novembro, trouxe-me lembranças funestas, pois um temporal furioso iniciou de S.SE., acompanhado de chuva diluvial, que somente cessou no dia 20. Menos de 36 horas foram suficientes para encher o rio até a altura de mais de 63 palmos do nível normal antes do início do temporal. O rio alagou quase todos os seus barrancos e as casas neles estabelecidas, causando inúmeros males e prejuízos diretos, tanto na colônia quanto em todo o seu território habitado. Não se pode avaliar os prejuízos em menos de 60 até 80 contos de réis, antes mais do que menos. Das plantações de milho, feijão e batatas em todo o rio não ficou senão apenas 30% e fui obrigado a mandar buscar destas sementes destas últimas duas em Santa Catarina (Desterro) e do Rio de Janeiro; mandioca e cana-de-açúcar ficaram afogadas e apodreceram pela menos três quartos das plantações novas e velhas. A situação foi tristíssima em toda a parte, os mantimentos subiram a um preço enorme e para não ver os colonos perecerem de fome e perderem inteiramente o fruto de anos de trabalho pela sua dispersão, não houve remédio, senão sustentá-los de novo com fortes adiantamentos, que abateram todos os meus cálculos anteriores.

Pessoalmente tive a lastimar ainda muitas outras perdas diretas: minha casa, em que moravam o meu guarda-livros e o jardineiro, construída numa bela ponta de terra, foi carregada pelo furor das águas, levando todo o seu conteúdo de livros, instrumentos, mercadorias e outras coisas de valor pecuniário, como muitos objetos de lembrança e recordação, que me foram muito caros e não serão restituídos. Não se salvou coisa alguma da casa senão algumas pesadas ferramentas, e por verdadeira sorte, uma barra de ferro, que continha pouco dinheiro. Mas todos os meus títulos de terras se foram. (...) O jardim que cingia minha casa desapareceu quase completamente e com ele meu único recreio, ao qual me havia permitido. Aliás minha maneira de viver é a mais econômica possível e às vezes até espartânica, para não me privar das despesas indispensáveis e permitir a continuação da minha empresa. Embora não sendo característica de meu temperamento, não pude deixar de chorar como uma criança, vendo a cena de destruição em toda a parte, no momento de minha chegada. Desde o meu retorno da Alemanha havia gastado bastante dinheiro e trabalho com imensa paciência e pena, para trazer a este sertão tudo o que podia alcançar de útil, interessante e belo do reino vegetal, tanto da Europa quanto do Rio e de Santa Catarina. E, depois de muitas experiências perdidas, tinha conseguido enfim aclimatar aqui muitas plantas exóticas, árvores frutíferas e os mais belos arbustos de ornamento. Somente no mês de julho trouxe do Rio de Janeiro mais de 400 novas qualidades. Havia um grande viveiro de árvores frutíferas, para distribuição aos colonos com milhares de exemplares. O jardim foi belo e florescente com as mais belas rosas etc. Refugiava-me nele, quando me sentia cansado, triste e oprimido - e quando voltei, tudo estava desaparecido, havia apenas barrancos dilacerados e uma praia de areia. Em todo o comprimento do rio e em partes muito mais expostas, não foi demolida nem uma só casa, mas a minha foi-se embora por inteira e com ela o único divertimento a que podia me permitir, foi levado como por ironia pela mão maliciosa de um mau gênio, instruído ad hoc. Além dessas perdas maiores, sofri ainda diversas perdas de alcance menor. A morte de gado, destruição de ranchos e casas de abrigo para os colonos recém-chegados, mantimentos e indiretamente a necessidade de perdoar a quase todos os meus colonos os juros de suas dívidas etc., somando-se assim os meus prejuízos em 3 e meio a 4 contos de réis, antes mais do que menos. Não posso avaliá-los em exatidão. Com os demais objetos, também desapareceram todos os meus livros de contas, pequenos créditos etc., que farão falta na mão do meu guarda-livros. Enfim, sucumbi ainda ante os abalos espirituais e morais, e diante das duras fadigas corporais, fiquei doente por algumas semanas. Em geral a minha saúde desde 18 meses está enfraquecida, negando-se muitas vezes o meu corpo à minha vontade. (...)"



O colonizador HermannBlumenau.

Fonte: Caderno Cultura - DC

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

AS PRIMEIRAS RPPNs ESTADUAIS DO RIO DE JANEIRO


Ney Matogrosso vai receber primeiro certificação de RPPN do estado por suas terras em Saquarema (Foto: Divulgação/TV Globo)


Ney Matogrosso ganha título de defensor da mata por área em Saquarema

Terras do cantor preservam 53 hectares de Mata Atlântica.
Estado vai certificar outras 15 propriedades em oito cidades.


Alba Valéria Mendonça
Do G1, no Rio


Conhecido pela voz marcante e a dança sensual que exibe nos palcos, o cantor Ney Matogrosso, a partir desta sexta-feira (14) passa a brilhar também como defensor da Mata Atlântica. Ele será um dos primeiros a receber a certificação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do estado, por sua propriedade particular no município de Saquarema, na Região dos Lagos.

A certificação, segundo André Ilha, presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF), confere às propriedades caráter de unidade de preservação ambiental. Além do mais, serve de exemplo para outros proprietários que eles também podem contribuir de forma direta para a conservação da natureza.

Em solenidade no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul, nesta sexta-feira (14), Ney Matogrosso vai receber das mãos do governador Sérgio Cabral, da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e do presidente do IEF um certificado e uma placa comemorativa.

Além de Matogrosso, o compositor Ronaldo Bastos também está entre os primeiros 16 proprietários a receber a certificação. A RPPN Soledade, do compositor, tem 6,33 hectares e fica no município de Nova Friburgo, na Região Serrana.

Isenção de imposto

As RPPNs permitem isenção de Imposto Territorial Rural (ITR) e acesso a fundos de apoio à implantação e gestão e de instituições de conservação e pesquisa. Essas propriedades podem se transformar em espaços de educação ambiental e ecoturismo.

Segundo o IEF, a cidade com mais RPPNs certificadas foi Silva Jardim, na Região das Baixadas Litorâneas, com oito reservas. Ao todo, essas primeiras 16 RPPNs vão proteger 697, 43 hectares de Mata Atlântica em oito municípios. São eles: Silva Jardim (Baixadas Litorâneas), Piraí, Resende e Rio Claro (Sul Fluminense), Saquarema (Região dos Lagos), Magé e Seropédica (Baixada Fluminense) e Nova Friburgo (Região Serrana).

Fonte: G1

domingo, 9 de novembro de 2008

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atendendo gentil convite da Escola de Educação Básica Nossa Senhora em Angelina, a RPPN Rio das Lontras esteve presente participando da sala Mundo Animal na Iª Mostra Pedagógica, um evento que mobilizou todos os professores, direção, os cerca de 500 alunos da escola, pais e moradores do município, assim como outras escolas da região.

A sempre gostosa oportunidade de trocar experiências e divulgar a importância das atitudes em prol do meio ambiente.


Apresentamos os banners com fotos dos animais clicados através de armadilhas fotográficas e dos blogs da RPPN Rio das Lontras.

Os alunos contaram belos casos de avistamento de animais silvestres.


O interesse e preocupação das crianças com a causa ambiental é uma esperança nas futuras gerações.


O mapa da Fundação SOS Mata Atlântica foi usado para mostrar a área do bioma e os cerca de 7% dos remanescentes florestais.


Comparativamente Santa Catarina possui ainda um razoável percentual de remanescentes da Mata Atlântica, mas é também o estado que mais desmata.


Iniciativas como da escola Nossa Senhora são importantes ações educacionais para uma conscientização cada vez maior da necessidade de preservarmos a floresta campeã de biodiversidade no planeta.


Leia AQUI a postagem "Santa Catarina e a Mata Atlântica".

*Fotos:
Fernanda de Souza Pimentel Teixeira

IPÊ-AMARELO

Da janela de nosso quarto temos a vista um lindo ipê-amarelo que floresceu.


Depois de semanas e semanas de muita chuva finalmente um dia de sol. Oportunidade de clicar a bela imagem que fica a cerca de 50 metros de nossa casa.

No chão um tapete amarelo formou-se em meio ao gramado.


O Ipê-amarelo é a árvore símbolo do Brasil. Nessa mesma paisagem vemos ao fundo belos exemplares de araucárias.

Veja AQUI a postagem "Ipê-amarelo sobrevive!"

* Fotos: Fernando José Pimentel Teixeira

sábado, 8 de novembro de 2008

MODELO ECOLÓGICA

Talita Alink, é membro do grupo Green Models. Foto: Divulgação


Modelo ecológica põe sua imagem a serviço do meio ambiente
Talita Alink tem 17 anos e desde os 12 se preocupa com o planeta.

Dennis Barbosa
Do Globo Amazônia, em São Paulo


Ela tem apenas 17 anos, mas já tomou uma decisão: sua carreira será orientada a divulgar a necessidade de se proteger o meio ambiente. Por causa disso, a jovem modelo Talita Alink, natural de Petrópolis (RJ), se define como uma “eco-modelo”.


Ainda este mês, ela estará na Califórnia para participar de um evento com governadores americanos , representando o projeto Green Models, que nomeia embaixadoras para diversas bandeiras ambientalistas. Sua criação foi em janeiro de 2008 e hoje o grupo conta com Adriana Lima, Naomi Campbell, Raica Oliveira, Priscila Fantin e Natalia Anderle entre seus membros, segundo os organizadores.

Globo Amazônia: O que será a reunião de que você participará este mês na Califórnia?
Talita: Estarei em Beverly Hills para participar de um evento sobre o clima global idealizado por Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, que contará com a presença dos 50 governadores americanos, além de líderes de governo e corporações. No dia 18, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, fará uma palestra e se encontrará com Schwarzenegger para a assinatura de um acordo bilateral para a difusão da energia renovável.

Globo Amazônia: Você acompanha o desmatamento na Amazônia?
Talita: Sim, e me atualizo sempre que recebo algum alerta sobre o assunto. É incrível o efeito das ações inconseqüentes dos seres humanos. Nos EUA por exemplo, 95% das florestas ancestrais já desapareceram.

Globo Amazônia: O que define uma eco-modelo e a diferencia da modelo comum?
Talita: O que define um eco-humano é o desenvolvimento de sua consciência ambiental. Então podemos dizer que vale para qualquer segmento, como modelos, professores etc. Eu, por exemplo, sou uma pessoa comum, com uma vida comum, porém tenho hábitos diários que me diferenciam: como alimentos orgânicos, uso água de forma racional e adoro andar de bicicleta seja para onde for - para o mercado, padaria ou na orla da praia.

Globo Amazônia: Como virou uma eco-modelo?
Talita: Eu tinha 12 anos quando escolhi fazer um trabalho sobre o meio ambiente numa feira de ciências do colégio. O convite para ser modelo veio de um grande amigo, que hoje é meu agente, Pierre Thomé de Souza, que percebeu este meu lado ecológico. Ele me apresentou ao Mario Garnero, presidente da Associação das Nações Unidas-Brasil (Anubra), e do grupo Brasilinvest.

Como eles estavam criando o projeto Green Models, que tem a modelo Adriana Lima como primeira membro-fundadora, acabei sendo convidada para ser embaixadora da Anubra para o Meio Ambiente e Aquecimento Global.



Globo Amazônia: Seus pais não gostavam da idéia de você ser modelo. Agora eles já lidam bem com o fato? Utilizar seu trabalho para divulgar a conservação da natureza os ajuda a aceitar?
Talita: No começo foi bem difícil, pois venho de uma família evangélica. O fato de as modelos trabalharem com a imagem e corpo não é aceito pelo padrão de vida evangélico. Foi um processo que tivemos que explicar de forma clara, para que eles pudessem entender o que faríamos e os benefícios destas ações para o meio ambiente.

Globo Amazônia: Você usa roupas ecologicamente corretas?
Talita: Tenho algumas peças interessantes feitas por uma grande amiga e designer, Barbara Casassola. Pretendo criar uma marca especializada em moda sustentável, com coleções feitas com fibras ecológicas, tecidos orgânicos e materiais reciclados, sem utilizar recursos que afetam o meio ambiente.

Globo Amazônia: Aceitaria tirar fotos com um casaco de pele?
Talita: Definitivamente não. Por motivos pessoais e por saber que são provenientes de animais que muitas vezes são mal-tratados.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lista vermelha: animais em extinção


Brasil tem mais de 600 espécies de animais ameaçadas de extinção

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançou nesta terça-feira um livro com mais de 600 espécies de animais ameaçados de extinção.

A publicação foi baseada no último levantamento feito pela UICN (União Internacional para Conservação da Natureza), em 2003. A primeira lista de animais em extinção, feita em 1989, continha 218 espécies ameaçadas, enquanto no livro lançado hoje estão contabilizadas 627 espécies.

"Alguns grupos não tinham sido avaliados em 89, como o de peixes; além disso, foram adotados novos critérios, devido ao aumento do conhecimento científico e do entendimento dos fatores de ameaça", esclarece o biólogo Adriano Paglia, que é analista de biodiversidade da ONG Conservação Internacional e um dos autores do livro.

Minc afirmou que, da lista de 1989, foram retiradas 79 espécies, como o sagüi e o lobo-guará. Mas foram acrescentadas 479, como a baleia azul, o tubarão-baleia e a jararaca.

A publicação, chamada de Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, foi elaborada em parceria com a Fundação Biodiversitas.

"Temos que correr atrás do prejuízo criando novas unidades de conservação, defendendo o habitat dessas espécies, defendendo sua cadeia alimentar, fazendo mais pesquisa, em suma, combatendo a degradação desenfreada", afirmou o ministro.

Entre os biomas que têm o maior número de espécies ameaçadas estão em primeiro lugar a Mata Atlântica (60%), seguida do cerrado (20%) e da zona costeira e marítima. Para reverter esse quadro, o ministro afirmou que é necessário criar corredores de proteção, combatendo o tráfico e fazendo campanhas nas escolas.

Minc quer que cada unidade de conservação ambiental tenha um exemplar do livro vermelho e disse que vai conversar com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para que a publicação também seja distribuída nas escolas da rede pública.

O biólogo da Conservação Internacional explica que a ameaça de extinção deve-se, principalmente, à perda de habitat, provocada pelo desmatamento. "A fiscalização é fundamental, mas as pessoas não devem delegar a questão apenas ao poder público e às ONGs", comenta. Cobrar a criação e conservação de reservas ecológicas e denunciar o comércio de espécies nativas são formas de colaborar com a preservação desses animais.

Anêmona-do-mar, um dos animais marinhos em risco de extinção


Ararajuba (Guaruba guarouba)


A baleia azul é um dos animais que foi incluído na lista vermelha


Jararaca: outro animal que entrou na nova versão da lista


Jacu-de-barriga-castanha (Penelope ochrogaster)


Jacamim-de-costas-verdes


Guigó-de-coimbra-filho (Callicebus coimbrai)


A baleia-jubarte é uma das diversas espécies de baleia que correm perigo


Pintor-verdadeiro (Tangara cyanocephala cearensis)


Pica-pau-anão-da-caatinga (Picumnus limae)


Perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada (Phyllomedusa ayeaye)


A onça pintada (Panthera onça) continua ameaçada


Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)


Tartaruga-de-pente do Projeto Tamar, na BA: ainda em risco


Tamanduá-bandeira, animal que permanece na lista vermelha


Uma suçuarana da região da Chapada Diamantina


Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni)


O sagüi, um dos 79 bichos excluídos do livro vermelho


Da Redação do UOL. Lista de animais em extinção do site Ambiente Brasil. Foto/Minc site Agência Brasil.

PÁSSAROS NO JARDIM

Para atrair pássaros

Por Thaís Lauton Repórter de imagem Elisa Soveral, Fotos Marcello Palhais
Galeria de fotos: Jardim para os pássaros

Convide a ave certa

O Brasil coleciona uma fauna diversificada, em especial de aves. E não é só nas florestas que é possível se encantar com a beleza das espécies. Escolhendo as plantas corretas, você vai atraí-las para o seu jardim. Confira alguns dos pássaros mais comuns nas cinco regiões do país:


Bem-te-vi

NORTE:

Anu-preto (Crotophaga ani): é insetívoro e frutívoro. Não recusa açaí e pupunha.
Beija-flor-tesoura-verde (Thalurania furcata): alimenta-se de insetos e do néctar de flores.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus): consome insetos, peixes e frutos - açaí, pupunha, buriti, goiaba, mamão, caju e acerola.
Curica (Amazona amazonica): alimenta-se de frutas, entre elas açaí, goiaba, mamão e acerola.
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva): consome frutos do açaizeiro, da pupunheira, da goiabeira e do cajueiro.
Pipira-preta (Tachyphomus rufus): é insetívora e frutívora.
Fonte: Cristina Michele Denny, bióloga



Canário-da-terra

NORDESTE:

Azulão (Passerina brissonii): adora frutas como a goiaba, o mamão e o caju.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus): alimenta-se dos frutos do jenipapeiro e da figueira.
Canário-da-terra (Sicalis flaveola): vai de açaí, pupunha, graviola, sapoti e buriti.
Curió (Oryzoborus angolensis): o mamão e o caju são suas preferências.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): é insetívoro e frutívoro. Alimenta-se de caju, mamão, buriti e figo.
Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca): alimenta-se de sementes e frutas.
Pintassilgo (Carduelis yarrellii): Frugívoro, ronda o jambolão, o umbuzeiro e o urucum.
Fonte: Roberto Manoel da Silva, analista ambiental


Gralha

CENTRO-OESTE:

Beija-flor (Eupetomena macroura): o cardápio vasto inclui suinã, pata-de-vaca, esponjinha, malvavisco, hibisco, eucalipto, laranjeira e ipê-amarelo.
Gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus): adora os frutos da copaíba e do pequizeiro.
Pombo-doméstico (Columba livia): é granívoro e frugívoro e consome os frutos do chumbinho.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): é insetívoro e frutívoro. O figo é predileção.
Sanhaço (Thaupis sayaca): é frutívoro e ama abacate.
Fonte: Jacqueline Moraes Farias, bióloga


Beija-flor-furta-cor

SUDESTE:

Beija-flor-furta-cor (Amazilia versicolor): visita flores de bela-emília, camarão-amarelo, pata-de-vaca e sete-léguas.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) e sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): sementes de magnólia-amarela e frutos da pitangueira e de uvaia.
Cambaxirra (Troglodytes musculus): frutas em geral.
Periquito-rico (Brotogeris tirica): consome frutos de palmeiras, como o jerivá.
Teque-teque ou reloginho (Todirostrun poliocephalun): pousa em frutíferas.
Fontes: Eduardo Maciel, biólogo, e Maria Eugênia Summa, veterinária


Sabiá

SUL:

Beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura): visita flores de bico-de-papagaio, malvavisco e caliandras para obter néctar.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): consome frutos do jambolão, da figueira, da pitangueira e da amoreira.
Sanhaçu-cinzento (Thraupis sayaca): frutos da crindiúva e de palmeiras exóticas.
Sanhaçu-papa-laranja (Thraupis bonariensis): folhas de mamoeiro e frutos da nespereira.
Fonte: Glayson Ariel Bencke, biólogo e ornitólogo

Fonte: Casa e Jardim

terça-feira, 28 de outubro de 2008

DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

Uma das diversas nascentes da RPPN Rio das Lontras - um dos diversos serviços ambientais prestados pelas Reservas Particulares do Patrimônio Natural.

Bela notícia:

A Câmara de Vereadores de São Pedro de Alcântara aprovou e o Prefeito Ernei José Stähelin sancionou a Lei Ordinária Nº 508, de 21 de outubro de 2008, declarando a RPPN Rio das Lontras como de Utilidade Pública Municipal.

É um reconhecimento da cidade aos serviços ambientais gerados pela RPPN, pela preservação da Mata Atlântica e da beleza cênica do local, assim como pelas ações em prol da educação e pesquisa.

Segundo Mario Mantovani, ambientalista e Diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, é uma conquista para se comemorar em grande estilo e uma prerrogativa que deveria constar na Plataforma Ambiental aos Prefeitos e Vereadores, indicando que todos os municípios que possuem RPPNs façam o mesmo.


Tomara todas as cidades que possuam Reservas Privadas sigam o mesmo caminho!

Abaixo, o teor da Lei:
 

 

LEI Nº 508, DE 21 DE OUTUBRO DE 2008“Declara de Utilidade Pública a
Entidade que Menciona e dá
outras providências”.
ERNEI JOSÉ STÄHELIN, Prefeito Municipal de São Pedro de
Alcântara, Estado de Santa Catarina, faz saber a todos os habitantes
deste Município que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono
a seguinte Lei:


Art. 1º - Torna de utilidade pública a RPPN Rio das Lontras, área de 23,0
ha, (vinte e três hectares), localizada na Comunidade de Rio
Forquilhas Baixo, Município de São Pedro de Alcântara,
reconhecida pelo IBAMA como de interesse público em caráter
perpétuo, através da Portaria nº. 34, de 03 de abril de 2005.

Art. 2º - A entidade deverá encaminhar, anualmente, à Câmara de
Vereadores, até 30 de junho do exercício subseqüente para o
devido controle, sob pena de revogação da presente Lei, os
seguintes documentos:

I – relatório anual de atividades;
II – declaração de que permanece cumprindo os requisitos exigidos
para a concessão da declaração de utilidade pública;
III – cópia autenticada das alterações ocorridas no Estatuto, se
houver; e
IV – balancete contábil.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário

São Pedro de Alcântara, 22 de outubro de 2008.

ERNEI JOSÉ STÄHELIN
Prefeito Municipal

Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Kock
* Agradecimentos especiais: Daniel Silveira, pela viabilização da aprovação da Lei.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ANIVERSÁRIO DO (GENIAL) ZIRALDO!


Hoje o genial Ziraldo Alves Pinto, mineiro de Caratinga, completa 76 anos de idade e vitalidade de um saudável menino (maluquinho). Parabéns Ziraldo! Todas as nossas homenagens e o desejo de muita saúde e grandes realizações! Sua obra é eterna! / Imagem: Folha Imagem

Parece que muitas personalidades que são regidas pelo signo de escorpião possuem grandes dons artísticos - muitas são realmente geniais. Vamos ver algumas delas:


Paulo César de Farias, ou Paulinho da Viola, nasceu em 12 de novembro de 1942 no Rio de Janeiro / Folha Imagem


Milton Nascimento nasceu no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1942 / EFE


Fernando Meirelles é paulistano do dia 9 de novembro de 1955 / AgNews



Luis Lázaro Sacramento Ramos é de Salvador, Bahia, do dia 1º de novembro de 1978 / AgNews



Reynaldo Cisoto Gianecchini Júnior nasceu em 12 de novembro de 1972, em Birigüi, São Paulo / AgNews



Luiz Felipe Scolari nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, em 9 de novembro de 1948 / AFP



William Bonemer Júnior - conhecido como William Bonner - nasceu em São Paulo, no dia 16 de novembro de 1963 / Divulgação



Almir Eduardo Melke Sater nasceu no dia 14 de novembro de 1956, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul / Folha Imagem



Mauricio de Sousa nasceu em 27 de outubro de 1935, na cidade de Santa Isabel, São Paulo / Folha Imagem



Martin Marcantonio Luciano Scorsese nasceu no Queens, em Nova York, no dia 17 de novembro de 1942 / AFP



Edson Arantes do Nascimento nasceu na cidade mineira de Três Corações, no dia 23 de outubro de 1940 / EFE


Julie Fiona Roberts nasceu em 28 de outubro de 1967, em Smyrna, Georgia Brainpix



Ah, sim! Tem também as minhas queridas Chris e Fernandinha, dos dias 13 e 12 de novembro próximo...